Limitadores de velocidade e “caixas negras”. Veja os “extras” que passam a ser obrigatórios nos automóveis

Os veículos novos vendidos na União Europeia a partir de 2022 vão passar, obrigatoriamente, a estar equipados com várias tecnologias de segurança. Uma delas será um “limitador” de velocidade.

Os automóveis estão cada vez mais inteligentes, mas nem todos. Isso vai mudar. A partir de 2022, todos os veículos novos comercializados na União Europeia vão vir recheados de tecnologia destinada a aumentar a segurança de quem os conduz, mas também de quem partilha as vias públicas com eles. Há vários “extras” de hoje em dia que vão, assim, deixar de o ser.

O Parlamento Europeu aprovou um regulamento estabelece que, dentro de três anos, todos os veículos novos – automóveis de passageiros, comerciais ligeiros, camiões e autocarros – têm de estar equipados com uma série de sistemas desenhados para tentar reduzir a sinistralidade.

Um dos principais, e aquele que gerou maior controvérsia, é uma espécie de “limitador de velocidade”. Este dispositivo “fornecerá indicações ao condutor, com base em mapas e na observação da sinalização rodoviária, quando o limite de velocidade for ultrapassado”, explicou Rózà Thun, eurodeputada, citada pela Lusa.

“Não introduzimos um limitador de velocidade, mas sim um sistema inteligente para alertar os condutores de que estão em excesso de velocidade. Isso não apenas nos deixará mais seguros, como ajudará os condutores a evitar multas por excesso de velocidade”, precisou, acrescentando que o regulamento permite que se possa desligar este sistema.

A juntar a este sistema, conhecido como ISA (Intelligent Speed Assistence), há ainda outros dois que merecem destaque. São eles a EDR, uma “caixa negra”, do género das que são utilizadas nos aviões, que regista o que houve no caso de um acidente, mas também um sistema de monitorização do condutor.

Este sistema virado para o condutor irá avaliá-lo através de câmaras internas. Terá como função alertar para distrações, ou mesmo para sonolência. E poderá, no limite, impedir de utilizar o veículo caso identifique que o cedrondutor está sob o efeito de álcool ou mesmo de estupefacientes.

Conheça os equipamentos que vão passar a ser obrigatórios:

  • Sistema automático de monitorização da pressão dos pneus;
  • Sistema de alerta para peões e ciclistas na estrada;
  • Sistema de assistência em marcha atrás, através de câmaras e sensores;
  • Sistema de travagem de emergência;
  • Aparelho de registo de acidentes, tipo “caixa negra”;
  • Pré-instalação de dispositivos de bloqueio da ignição sensíveis ao álcool;
  • Avisador da sonolência e da atenção do condutor;
  • sistema inteligente para alertar os condutores de que estão em excesso de velocidade;
  • Sistema automático para evitar que o veículo não sai, por distração, da faixa de rodagem.

Retirado de eco

 

Documento Único Automóvel vai passar a ser semelhante ao Cartão do Cidadão

O objetivo é facilitar o acesso à informação do documento e permitir que este possa ser guardado na carteira. O “DUA na Carteira” entra em vigor a 1 de agosto.

Guardar e consultar o livrete dos carros vai passar a ser mais fácil. O novo Documento Único Automóvel (DUA) entra em vigor a 1 de agosto e terá um formato semelhante ao do cartão de cidadão. A medida foi anunciada esta quarta-feira pelo Ministério da Justiça.

O novo livrete será aplicado inicialmente apenas em novas matrículas. Mas no próximo ano o novo DUA chega a todos os veículos e os condutores vão poder guardá-lo na carteira. O objetivo é precisamente fazer com que se torne mais fácil guardar o documento e também simplificar o acesso ao seu conteúdo informativo.

O novo layout do documento

Esta medida é coordenada pelo Instituto dos Registo e Notariado (IRN), em colaboração com o Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), a Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) e as diversas entidades fiscalizadoras do trânsito (GNR, ANSR).

“O DUA na Carteira é uma medida Simplex+ incluída no Plano Justiça +Próxima, que visa também simplificar o conteúdo informativo disponível no documento e reúne dados relativos às características do veículo e ao seu proprietário”, refere o Ministério da Justiça em comunicado.

No primeiro semestre de 2019 foram emitidos 137.446 DUA em todo o país, estimando o IRN que, até ao final do ano, sejam emitidos cerca de 1,7 milhões de documentos, dos quais cerca de 200.000 terão já este novo formato.

O DUA contém informações como a marca, o modelo, a matrícula e outras características do automóvel, assim como o nome e morada do proprietário. O documento agrega ainda as informações do livrete e do registo de propriedade do veículo.

retirado de observador

Acordo Quadro de Aluguer Operacional de veículos entra em vigor

Entra hoje em vigor (11/06) o Acordo Quadro de Aluguer Operacional de Veículos que disponibiliza 12 tipologias de veículos a mais de 2.489 entidades aderentes ao SNCP

O Acordo Quadro de Aluguer Operacional de Veículos (AQ-AOV 2019) integra 38 lotes, três cocontratantes e 12 tipologias de veículos: Pequeno Furgão de Passageiros; Monovolume médio; Todo-o-Terreno Médio com tração 4X2 ou 4X4; Económico e Económico elétrico; Inferior; Médio Inferior; Médio Superior I, II, III e III-Híbrido; Superior I, I–Híbrido, II e II–Híbrido; Derivado; Furgão de mercadorias; Pick-up com tração 4X2 e 4X4 e Chassis-Cabina simples e dupla I.

O AQ-AOV 2019 está disponível para as entidades constituintes do Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP), tratando-se de um instrumento de contratação de utilização mandatória para as entidades vinculadas ao SNCP e de utilização facultativa para as entidades voluntárias aderentes.

As características dos lotes que integram o AQ-AOV 2019 estão disponíveis no Catálogo Nacional de Compras Públicas, encontrando-se também disponível a documentação detalhada do procedimento concursal realizado para a sua formação, na área AQ em Vigor.

A aquisição onerosa de direitos sobre veículos, seja por compra ou locação, encontra-se centralizada na eSPap I.P., por força dos artigos 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 37/2007, de 19 de fevereiro.

Mais informação sobre os Serviços Partilhados de Compras Públicas.​

Retirado de espap

E se produzisse a sua energia para alimentar a casa e o carro?

A Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) decidiu dar o exemplo e passou das palavras à acção. Na sua sede do Restelo, em Lisboa, instalou um sistema de micro-geração de energia, juntamente com uma solução para armazenamento e carregadores para veículos eléctricos. O sistema, montado por uma empresa nacional, parece simples e eficaz. Mas será que pode ser aplicado à generalidade das residências dos consumidores e automobilistas portugueses? Se sim, com que custos e rentabilidade?

A solução integrada escolhida pela ACAP pode não ser muito habitual no nosso país, mas é-o por exemplo nos EUA e em todos os mercados em que a Tesla já opera com soluções de energia. Trata-se de reduzir a factura mensal de electricidade, que tanto pode apelar a quem possua veículos a bateria, como a quem apenas tenha de lidar com a energia consumida pela família e os electrodomésticos da casa.

A estratégia passa por, em vez de continuar eternamente a consumir electricidade fornecida pela rede, converter cada casa numa entidade produtora de energia, através de painéis fotovoltaicos, armazenando a energia em baterias de veículos eléctricos usadas – denominadas muitas vezes Second Life –, para assim cobrir as necessidades energéticas residenciais e, se possuir um ou mais veículos eléctricos, alimentar os carros com a electricidade gerada durante o dia. O investimento promete compensar passados uns anos.

Qual a solução da ACAP?

Para ultrapassar as suas necessidades eléctricas, a ACAP – e a Valorcar, empresa que gere veículos em fim de vida e que é controlada pela ACAP (95%) – solicitou à Zeev a instalação de 62 painéis fotovoltaicos, com a capacidade de produzir anualmente 32 MWh de energia, o que segundo a associação corresponde ao consumo de 19 habitações familiares médias, evitando assim a emissão de 32 toneladas de CO2.

Para aproveitar toda a energia gerada, necessariamente durante o período diurno, foram instaladas duas baterias de iões de lítio, que já serviram em veículos e que agora desempenham funções de acumuladores estacionários. A primeira (e única, para já, em funcionamento) foi herdada de um Mitsubishi i-MiEV, com 7,2 kWh, enquanto a segunda é proveniente de um BMW i3 e vai ser ligada em breve, incrementando a capacidade em mais 33 kWh.

Recorrendo apenas aos painéis fotovoltaicos, a ACAP (porque está ocupada sobretudo durante as horas de expediente) consegue assegurar 60% das suas necessidades eléctricas, valor que se elevou para 65% com introdução da primeira bateria de 7,2 kWh. Com a entrada em funcionamento da segunda bateria, de 33 kWh, serão finalmente cobertas 81% das necessidades, já incluindo os veículos eléctricos, recarregáveis através de um carregador duplo agora a funcionar a 11 kW, podendo aumentar para 22 kW caso exista potência disponível. De acordo com a associação, o investimento (que não foi especificado) deverá ter rondado os 42 mil euros, uma vez que os responsáveis afirmam que “permitirá poupar 5.200€ por ano e permitir o retorno ao investimento em cerca de 8 anos”.

É solução para a maioria dos portugueses?

Digamos que é solução para muitos portugueses. É mais fácil para quem vive em moradias, mas esta alternativa continua a estar acessível para quem habita em prédios, desde que exista um telhado ou uma empena livre, com condições apropriadas, para instalar os necessários painéis solares, cuja energia é depois acumulada e distribuída por todos os condóminos, consoante a permilagem.

Pedimos à ZEEV, o fornecedor escolhido pela ACAP, para nos apresentar uma proposta visando uma família média, que habite numa moradia, podendo ou não ter piscina, o mesmo acontecendo com veículo eléctrico. Carlos Jesus, administrador da ZEEV, começou por explicar que, “face à legislação em vigor, a solução mais simples – mas não necessariamente a mais interessante em termos de eficiência – é adquirir o pack convencional de 1.500 W (1,5 kW por hora durante o período diurno), o que corresponde a seis painéis fotovoltaicos, com uma área total de 9 m2”.
Na ausência de baterias para acumular a electricidade excedentária, a solução disponível para quem adquire apenas os painéis para 1.500 W (potência que carece de autorização especial) passa por injectar a energia de que não precisa na rede, “o que não é um negócio muito interessante do ponto de vista financeiro, pois recebe apenas 4,5 cêntimos por kW (acrescido de IVA), contra os 19 cêntimos durante o dia que é necessário pagar”, explica Carlos Jesus. De acordo com a ZEEV, um kit com seis painéis fotovoltaicos tem capacidade de gerar 7,5 kW em média por dia, ao longo de todo o ano, necessariamente mais de Maio a Outubro e menos no resto do ano.

Compensa ter armazenamento de energia?

Se a solução mais simples e mais acessível, com um custo próximo dos 2.000€, passa por instalar exclusivamente 1,5 kW de painéis fotovoltaicos, ela não é contudo a que permite alcançar uma maior economia. Para tal é fundamental adquirir baterias estacionárias, tradicionalmente ex-baterias de iões de lítio que já estiveram montadas em automóveis eléctricos e que depois de chegarem ao fim do seu tempo de vida útil – ou quando perdem mais de 25% a 30% da sua capacidade inicial – evoluem para baterias residenciais, onde podem ter pela frente pelo menos 30 anos, de acordo com a ZEEV.

Para Carlos Jesus, o consumo médio de uma moradia que tenha ainda de alimentar um veículo eléctrico, deverá adoptar um conjunto de 18 painéis fotovoltaicos capazes de gerar 4 kW por hora. De apoio aos painéis está uma bateria com 20 kWh de capacidade, que servirá para recarregar o veículo, bem com para resolver os picos de necessidade de energia, evitando que os proprietários tenham de contratar potências mais elevadas e necessariamente mais dispendiosas.

O preço de um kit com estas características, já incluindo o inversor de corrente, o contador inteligente, o carregador e a instalação, tem um preço de 16.000€. As estimativas da ZEEV apontam para uma recuperação do investimento inicial ao fim de oito a nove anos, para um equipamento que tem uma vida útil de 30 anos. Pode representar um esforço em demasia para muitos, mas é decididamente o tipo de investimento que vai ser alvo, mais cedo ou mais tarde, de um sistema de juros zero ou bonificados, que o tornará bem mais interessante.

Filtros de partículas continuam a ser retirados ilegalmente de veículos a gasóleo

Três anos depois do surgimento das primeiras denúncias da remoção dos filtros de partículas em carros a gasóleo, continua a não existir, em Portugal, uma fiscalização eficaz do problema, denuncia a associação ZERO. Os filtros de partículas em carros produzidos a partir de 2009 passaram a ser obrigatórios após a entrada em vigor da norma europeia de regulamentação das emissões automóveis EURO 5. Nos veículos a gasóleo, trata-se de, como explicou a ZERO em comunicado, “um componente essencial para reduzir as partículas com potencial cancerígeno”.

Apesar disso, “diversas queixas relacionadas com os consumos de combustível, problemas mecânicos e elevado custo associado à manutenção e/ou substituição do filtro de partículas, têm levado muitos proprietários de veículos a avançar para soluções alternativas, tais como a remoção do filtro de partículas e reajustamento de todas as funções eletrónicas relacionadas com este equipamento, de modo a que o veículo tenha um funcionamento regular e permita, segundo os limites, regras e metodologias em vigor, a sua aprovação na Inspeção Periódica Obrigatória”, apontou ainda a ZERO.

Uma simples pesquisa na Internet parece confirmar esta mesma tendência. “É possível identificar um conjunto de oficinas automóveis que oferecem de forma evidente este tipo de serviço que pode rondar os 300-500 euros, valores muito inferiores à manutenção ou substituição do filtro de partículas.” Estes podem, de acordo com a ZERO, chegar aos mil euros. O Público, que começou por avançar com a notícia, confirmou a existência da oferta destes serviços junto de vários condutores.

Na opinião da associação ambiental, a legislação em vigor não é suficiente para lidar com o problema, que persiste apesar de, em 2018, o Governo ter afirmado que haveriam apenas alguns casos isolados. Além disso, “os Centros de Inspeção Automóvel que efetuam a inspeção periódica obrigatória não têm capacidade técnica para identificar as situações de infração e fraude relacionadas com o filtro de partículas”.

“Este facto agrava a situação de impunidade por parte de quem ilegalmente procede a alterações do filtro de partículas, incluindo a sua total remoção. Os intervalos-limite de opacidade em vigor, bem como o tipo de equipamento utilizado pelos Centros de Inspeção Automóvel, não permitem detetar o problema em veículos alterados, devido a alterações ilegais no filtro de partículas, no catalisador, na válvula EGR ou na sonda lambda”, referiu a ZERO.

Admitindo ser “incompreensível que o Governo não tenha, até ao momento, tomado as medidas necessárias para tornar mais eficazes as medidas de fiscalização sobre os veículos a gasóleo mais poluentes, sujeitos a manipulação dos equipamentos de controlo de emissões e que, de forma ilegal, continuam a circular nas estradas nacionais”, a associação sublinhou que a existência desta fraude pode ter consequências ambientais e para a saúde pública.

A manipulação dos filtros levanta também, segundo a associação, suspeitas de fraude fiscal: “A alteração e/ou retirada do filtro de partículas, para além das consequências ambientais e de saúde pública, pressupõe a alteração dos pressupostos que levaram à definição da carga fiscal sobre determinado veículo, que depois de alterado, coloca-o em situação de vantagem perante outros que não foram alterados”.

Retirado de observador

Carros a fuel cell a preço de híbridos, diz Toyota

O Mirai é a menina dos olhos da Toyota no que toca aos automóveis eléctricos. Em vez de alimentar o motor com electricidade carregada a partir da rede, produz a energia de que necessita a bordo, com recurso ao hidrogénio que transporta em tanques sob pressão, que são substancialmente mais rápidos de abastecer. De momento, a tecnologia ainda é cara, mas a marca japonesa vai introduzir ainda este ano a segunda geração das fuel cells, ou células de combustível, que prometem ser mais eficientes e baratas.

Porém, para a Toyota, será a terceira geração a democratizar a tecnologia das células de combustível a hidrogénio. De acordo com o responsável europeu de Vendas e Marketing da marca, Matt Harrison, em declarações à Automotive News, os japoneses acreditam que dentro de 10 anos os carros alimentados por fuel cells serão comercializados por um preço similar ao praticado pelos modelos híbridos. O que será uma excelente notícia.

Assim que as células de hidrogénio forem vistas como uma alternativa às baterias, para os veículos eléctricos, não faltarão fabricantes que adiram a esta solução. E esta popularidade, que hoje está longe de se verificar, vai ajudar a resolver o segundo problema que limita as células de combustível: a falta de uma rede de produção e distribuição de hidrogénio. Sim, porque sem veículos não faz sentido começar já a ‘semear’ postos de ‘combustível’.

O construtor japonês vai começar, muito em breve, a instalar a segunda geração das fuel cells, as mesmas que irá fornecer à Salvador Caetano para equipar os seus autocarros eléctricos que irá produzir no Norte e comercializar em Portugal e por essa Europa fora. A segunda geração já trará um incremento de competitividade, reduzindo consideravelmente o preço do Mirai, que hoje ultrapassa os 60 mil euros, permitindo a sua utilização em modelos mais pequenos e mais acessíveis.