Não esperes pelos primeiros sinais de alarme para trocar as velas do motor.
Regra geral, no manual do carro vem estipulado o prazo de manutenção das velas do motor em função de uma determinada quilometragem, valor esse que varia consoante o veículo. Contudo, em grande parte dos manuais existe também uma recomendação para reduzir a utilização para metade caso o veículo seja submetido a uso intensivo em cidade – afinal de contas, quando o veículo está parado no trânsito, o motor continua em funcionamento. Por outras palavras, se o fabricante recomendar a troca das velas a cada 30.000 km, as mesmas devem ser substituídas a cada 15.000 km.
Mas porque é que é tão importante antecipar o desgaste das velas? Para além da perda de rendimento e potencial aumento do consumo de combustível, as velas desgastadas podem comprometer o catalisador e o sensor de oxigénio, reparações dispendiosas para a carteira e que podem ser evitadas. Em caso de dúvida, recomenda-se a inspeção das velas todos os anos ou a cada 10.000 km.
O ideal é procurar um mecânico ou algum especialista da tua confiança, que saberá dizer-te se as velas podem ou não ser usadas por mais algum tempo. Caso queiras ser tu próprio a trocar as velas, é possível fazê-lo – é uma operação relativamente fácil, tudo depende dos teus dotes de mecânica (as gerações que outrora andavam de “DT 50 LC” e “Zundapp” não deverão encontrar grandes dificuldades). A troca deve ser feita ainda com o motor frio e deves ter cuidado para não danificar as roscas da cabeça do motor.
Tudo o que aqui foi dito vale principalmente para os motores a gasolina, que dependem da ignição das velas para que haja combustão. Já no caso dos motores Diesel, o caso muda de figura. Apesar destes também usarem velas (de pré-aquecimento), o seu principio de funcionamento é diferente – a combustão do gasóleo dá-se por compressão na câmara de combustão. Daí que os problemas nas velas sejam mais críticos e recorrentes nas motorizações a gasolina.
Retirado de razaoautomovel