Homem Conduz Apenas de Marcha Atrás Há 11 Anos

 

Existem algumas, poucas, pessoas neste mundo com habilidades completamente fora do normal. É o caso de Harpreet Dev, que vive em Bhatinda, Punjab. Este homem, que há onze anos era apenas um taxista normal, tem a incrível habilidade de conduzir em marca atrás durante todo o dia.

Foi-lhe até concedida uma autorização especial para que conduza assim em qualquer parte do estado indiano. Parece algo inacreditável, mas é bem real. A dirigir assim há 11 anos, o homem diz que ao conduzir normalmente, deixa de se responsabilizar pela segurança das pessoas que tem dentro do carro.

Tudo começou quando o seu carro avariou, longe de casa, e apenas conseguia colocar a marca atrás. Desesperado para regressar a casa, sem comida nem dinheiro, foi durante todo o caminho no sentido inverso e deu-se muito bem!Dev queixa-se agora de dores de costas e pescoço intensas e até alguns enjoos preocupantes, mas diz que para fazer algo tão especial, tem de saber lidar com as consequências.

Já sabe, se for até Punjab, aproveite para andar com este taxista diferente!

Retirado de chiadomagazine

Marcha lenta contra novas regras de circulação no centro de Lisboa planeada para dia 1 de fevereiro

Faz hoje (22/Jan) uma semana que entraram em vigor as novas regras de circulação em Lisboa, segundo as quais o trânsito de carros anteriores a 1996 e 2000 em algumas zonas do centro da cidade passou a ser proibido nos dias úteis, entre as 7h e as 21h (pode conhecer estas restrições em detalhe aqui). A medida ganhou imediatamente impopularidade entre os cidadãos, gerando também alguma contestação no seio do setor de transporte em táxi e mereceu ainda as críticas de, entre outros, o presidente do ACP (Automóvel Clube de Portugal). Agora a população citadina prepara-se para demonstrar a sua “indignação para com esta situação”, estando a preparar via Facebook uma marcha lenta agendada para o início do próximo mês.

Donos de carros anteriores a 2000 dizem-se indignados com as novas restrições à circulação no centro da capital impostas pelo executivo de António Costa e preparam protestoAtravés da rede social Facebook está a ser preparada uma marcha lenta para o próximo dia 1 de fevereiro, no centro de Lisboa, a partir das 14h.

O objetivo é protestar contra as restrições à circulação na capital que têm vindo a ser impostas e que, desde o passado dia 15 de janeiro, se agravaram, ao ponto de impedir o acesso à “Baixa” de viaturas anteriores a 2000.

A escolha de 1 de fevereiro tem uma razão de ser: trata-se de um domingo, dia em que o condicionamento de trânsito não existe, possibilitando, assim, que os carros proscritos possam “fazer-se ouvir” no centro da capital. A caravana de protesto vai seguir pela Av. Liberdade, Restauradores, Rossio e Rua do Ouro, regressando pela Rua da Prata, Rossio, Restauradores até ao Parque.

A ação está centrada na página do Facebook “Marcha Lenta de Viaturas anteriores a 2000 e de Viaturas Clássicas e Pré-Clássicas”, neste endereço:https://www.facebook.com/events/349782408540135/?ref=52&source=1

Fonte: Auto Hoje

A Toyota é o maior fabricante de automóveis do mundo

9-750x400

A Toyota conserva o título de maior fabricante de automóveis do mundo, com um total de 10,23 milhões unidades entregues em 2014. Mas o Grupo Volkswagen está cada vez mais próximo.

A competição pelo título de maior fabricante de automóveis está cada vez mais renhido. Pelo terceiro ano consecutivo a Toyota (incluindo as marcas Daihatsu e Hino) reclamou para si o estatuto de fabricante nº1 no mundo, ao conseguir entregar um total de 10,23 milhões de viaturas em 2014. São cerca de 3 carros produzidos a cada segundo.

No segundo lugar, cada vez mais próximo da liderança, surge o Grupo Volkswagen com 10,14 milhões de viaturas entregues. Mas muitos analistas acreditam que 2015 será o ano em que, finalmente, o grupo alemão vai reclamar o título de maior construtor mundial. A própria Toyota acredita nessa possibilidade, ao prever uma ligeira quebra de vendas este ano, devido ao arrefecimento do mercado automóvel japonês e em alguns mercados chave da marca nipónica.

No último lugar do pódio surge a General Motors, com 9,92 milhões de unidades. Recordamos que a General Motors foi detentora deste «título» durante 80 anos consecutivos, até ser destronada pela Toyota em 2008. Em 2011 ainda voltou ao top mundial, mas foi sol de pouca dura. A Toyota desde então tem estado no 1º lugar de «pedra e cal». 2015 promete…

Retirado de razaoautomovel

Os combustíveis “low cost” chegam a todas as bombas de abastecimento já em abril

A comercialização de gasolina e gasóleo rodoviário simples tornar-se-á obrigatória nos postos de abastecimento para consumo público a partir da próxima primavera. Não só a venda, mas também a divulgação de informação sobre estes combustíveis simples foi legislada, passando para os revendedores a obrigação de facultar aos consumidores dados específicos sobre os combustíveis sem aditivos. Decorreram dois anos desde que foi feita a primeira tentativa de legislação da comercialização destes combustíveis, presente na proposta de Orçamento do Estado para 2013.

A partir de Abril todos os postos de abastecimento em Portugal continental passarão a comercializar combustíveis simplesO regime legal que obriga à comercialização de combustível simples entra em vigor dentro de 90 dias.

Foi publicada a Lei que estabelece os termos da inclusão de combustíveis simples nos postos de abastecimento para consumo público, localizados no território continental, bem como obrigações específicas de informação aos consumidores acerca da gasolina e gasóleo rodoviários disponibilizados, refere o comunicado do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE).

Aprovado por unanimidade pela Assembleia da República a 5 de dezembro de 2014, o regime legal que obriga à comercialização de combustível simples entra em vigor dentro de 90 dias, na sequência da publicação em Diário da República na passada sexta-feira 16 de janeiro.

Do mesmo modo, “existe ainda regulamentação do Governo sobre os modelos de informação a constar dos postos de abastecimento de combustível para permitir uma fácil identificação do produto vendido, que deverá ser publicada brevemente”.

“Com esta nova lei, o consumidor terá à disposição combustíveis líquidos rodoviários a preços mais económicos, promovendo o aumento da transparência no setor dos preços de venda ao público dos combustíveis líquidos rodoviários, e uma mais fácil distinção entre a gasolina e o gasóleo rodoviários simples e a gasolina e o gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação suplementar, bem como a comparabilidade dos preços praticados”, diz o comunicado.

A referida lei prevê ainda obrigações de informação, por parte dos operadores, à ENMC – Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis sobre os montantes faturados e as respetivas quantidades de gasolina e gasóleo rodoviários simples vendidos.

A monitorização e supervisão das medidas consagradas nesta lei competem à ENMC que, com base na informação reportada pelos operadores, elaborará um relatório anual com vista à análise do grau de cumprimento das medidas e do respetivo impacto no mercado dos combustíveis.

A fiscalização do cumprimento das obrigações previstas na lei compete à DGEG e às Câmaras Municipais, enquanto entidades licenciadoras de postos de abastecimento de combustíveis nos termos da legislação sectorial aplicável, conclui o comunicado.

Recorde-se que a medida relativa à inclusão de combustíveis simples nos postos de abastecimento foi incluída há mais de dois anos na proposta de Orçamento do Estado para 2013, em que o Governo escrevia que “será estimulado o aparecimento de novos postos ‘low-cost’, a introdução deste tipo de combustível nos postos já existentes, bem como o seu licenciamento”. Mais de dois anos depois, a Assembleia da República aprovou a legislação a 5 de dezembro, em votação final global.

Segundo referia o Jornal de Notícias na sua edição do passado dia 5 de dezembro, mais de metade, ou seja, cerca de 1.300 revendedores, desejava ter pelo menos uma mangueira de combustível de baixo custo. A justificação da associação sectorial (Anarec) residia sobretudo nas dificuldades que os revendedores atravessam devido à concorrência com o preço praticado nas bombas dos hipermercados, além do efeito da fiscalidade nas zonas transfronteiriças.

As estações de serviço nas grandes superfícies cresceram 39% entre 2010 e 2013, para um total de 238 postos, segundo os números citados pelo mesmo jornal. Nesse período manteve-se estável o número de postos das grandes marcas, como a Galp, BP, Cepsa ou Repsol. Eram estas petrolíferas, representadas pela Apetro, que estavam contra a nova legislação, que as obriga a incluir mangueiras “low cost” sempre que o revendedor solicite esse combustível.

A versão final da lei, como lembrou o Jornal de Notícias, generalizou a obrigatoriedade da oferta a todos os postos de combustível, enquanto na versão inicial se cingia a postos com quatro bombas de abastecimento, o que afetava a oferta fora dos grandes centros urbanos.

Fonte: Jornal de Negócios

Assistam ao recondicionamento de um motor V6 da Audi

Uma time-lapse brilhante, de apenas quatro minutos, com o recondicionamento total de um motor V6 bi-turbo da Audi.

O autor deste vídeo conseguiu condensar em apenas quatro minutos, o trabalho de vários dias. Vejam todos os passos do início ao fim.

Comprar carro usado para totós

Comprar-carro-usado-para-totós-750x400

Queremos propor-lhe algo inovador e que poderá vir a ser-lhe muito útil. Um curso intensivo: como comprar carro usado para totós.

O seu quotidiano pede em plenos pulmões por um automóvel? Ok, é legítimo. Mas por outro lado, devido à crise o seu orçamento é mais reduzido que a chuva no Verão ou o calor no Inverno. Pois bem, a compra de uma viatura usada pode ser a solução. E há viaturas de todas as cores, idades, géneros e preços.

O problema agora reside na escolha. Será que o carro em que estás interessado é de confiança? Ou é um velho lobo do asfalto com mais quilómetros que o Space Shuttle?

Por isso a compra de carro usado exige cuidados redobrados para evitar a aquisição de um veículo em estado enganoso. Temos de tomar as devidas precauções antes de fechar qualquer negócio. Como? Não deixando de fazer coisas simples como confirmar a autenticidade dos documentos da viatura, a mecânica e toda a carroçaria. Mas continuem a ler este texto porque as dicas ainda mal começaram…

Decida o que quer
Pense no que quer, quanto é que quer gastar e (muito importante!) quanto é que pode gastar realmente. Porque entre o querer e o poder, infelizmente vai uma grande distância.

Só depois desta primeira decisão poderá partir em busca do melhor negócio. E não se esqueça: mantenha-se fiel àquilo que delineou. Caso contrário, acabará por optar por algo que não precisas ou que não pode pagar. O monovolume para a toda a família num instante se pode transformar num coupé de dois lugares, gastador e desconfortável.

Peça ajuda
Pede ajuda a um amigo que entenda de automóveis. Em caso de dúvida, leve consigo um mecânico da sua confiança para fazer uma avaliação ao estado geral do carro. Precisa ver tudo com a máxima atenção, especialmente os itens de segurança, tais como travões, amortecedores e pneus.

Preços
O preço dos carros usados varia muito. Só há uma solução: Pesquisar. Jornais, revistas e sites divulgam frequentemente as tabelas de preços de mercado, essa é a tua melhor referência. Para avaliar se o preço do carro é compatível com o de mercado, deverá levar em linha de conta variáveis como a quilometragem, o estado geral do veículo e o equipamento proposto. E não se esqueça: regateie sempre o preço! Perca a vergonha e negoceia até achar que atingiu um bom equilíbrio entre o valor do carro e aquilo que está disposto a pagar. E não se esqueça de imputar os custos de eventuais reparos ao valor de venda.

Análise externa do veículo

Ainda com o veículo parado:

1. Examine o carro à luz do dia e nunca em locais fechados ou garagens. Exija ver o veículo seco, porque a água pode atribuir ao carro um brilho enganador;
2. Teste os amortecedores empurrando o carro para baixo. Se ao largar o veículo abanar duas ou mais vezes, o amortecedor está em más condições;
3. Observa se a pintura é uniforme, caso não seja, isso indicia que o carro foi acidentado. Procure também desníveis no alinhamento dos painéis da carroçaria.
4. Se houver bolhas na pintura, cuidado: é sinal de que há ferrugem.
5. Confira se as portas ou capô fechados encaixam perfeitamente. O desnível pode indicar que o carro foi batido;
6. Confira o estado dos pneus. O piso ou um desgaste irregular denuncia um chassi empenado, problemas com a suspensão, ou falta de alinhamento das rodas;

Com o veículo em movimento
Chassi
Em estrada aberta e nivelada confirma se o carro tem tendência para fugir da estrada. Pode indiciar problemas de suspensão ou de carroçaria. É muito importante que o automóvel não apresente este sintoma.

Motor
Para verificar a saúde do motor, reduza a velocidade bruscamente ou desça uma estrada com inclinação rodando com a 2ª mudança engrenada. A velocidade deve reduzir e o carro deve abrandar abruptamente.

Travões
Trave normalmente o carro. Se houver ruídos metálicos, as pastilhas estão gastas.

Caixa de Velocidades
Engate todas as marchas e verifica se produzem barulho anormal ou difícil engrenamento.

Com o capô aberto
Chassi
Confere se o número do chassi que vem gravado junto ao motor, no vidro da frente e em outros locais condiz com o que consta no registo de propriedade do veículo.

Motor
Peça para lhe mostrarem o filtro do ar e procure sinais de fuga de óleo junto do motor. Um motor demasiado limpo também pode estar nesse estado para encobrir alguma fuga, tenha atenção. E o ruído do motor deve ser constante e linear.

Dentro do Carro
Sistema Elétrico
Examina todos os comandos, como faróis, buzina, limpa pára-brisas, desembaciador, piscas, luzes de travagem, velocímetro, indicador de temperatura etc. para confirmar que tudo funciona.

Interiores
O desgaste do interior deve corresponder à quilometragem do carro. Volante demasiado gasto, bem como bancos e pedais num carro com baixa quilometragem pode ser um indício de que a quilometragem não é verdadeira.

Recomendações Finais
Alguns estabelecimentos comerciais, têm a prática de emitir no recibo de compra e venda a expressão “o cliente ao assinar este contrato assumem que o veículo se encontra em bom estado de conservação“. Deve exigir que sejam incluídos no contrato todos os defeitos de mecânica e chapa e não efetue a compra sem antes verificar que o veículo é furtado ou tem multas pendentes. O IMTT poderá informar-lo sobre a situação do veículo: se houve furto, se existem multas, etc.

E claro, só aceite documentos originais. Recuse determinantemente papéis com rasuras ou fotocópias, ainda que autenticadas. Esperamos que o curso lhe venha a ser útil e… bons negócios!

Retirao de razaoautomovel

O primeiro F1 turbo

Não me vou alongar sobre os novos motores, mas vou pegar na deixa e falar um pouco sobre a epopeia associada ao primeiro motor turbo da fórmula 1 que surgiu em 1977 pelas mãos da Renault.

Turbocharged-Engines

A fórmula 1 recomeçou este ano com novas regras, pondo fim a um período de oito anos em que imperou uma arquitectura de motores atmosféricos de 8 cilindros em V com uma cilindrada de 2,4 litros. Desde o primeiro Grande Prémio do ano que os fórmulas 1 estão obrigados a montar um motor sobrealimentado por turbocompressor com uma cilindrada máxima de 1,6 litros, a que estão associados sistemas de recuperação de energia que aumentam drasticamente a eficiência, reutilizando a energia dissipada nos gases de escape e nos travões. Não me vou alongar mais sobre os novos motores, mas vou pegar na deixa e falar um pouco sobre a epopeia associada ao primeiro motor turbo da fórmula 1 que surgiu em 1977 pelas mãos da Renault.

A história começou dois anos antes, quando o construtor francês, associado à petrolífera Elf, encomendou à sua associada Renault-Gordini, dois motores turbo de 1,5 litros de cilindrada para ensaios. Estávamos em Fevereiro de 1975 e, nove meses depois, mais exactamente a 18 de Novembro, esse motor, baptizado de “33T”, rodava pela primeira vez em pista, no circuito de Paul Ricard, montado num protótipo Alpine-Renault. A Renault, entretanto, reorganizava os serviços de competição, nomeando para seu director o piloto Gerard Larrousse e deslocando o departamento de fórmula 1 para Viry-Chatillon, sede das oficinas desse mago dos motores que foi Amédée Gordini, dando origem, pouco depois, à Renault Sport.

A 23 de Março de 1976, um pouco secretamente, um protótipo laboratório de fórmula 1 roda em Clermont-Ferrand na pista de ensaios da Michelin já com uma versão mais evoluída do V6 Turbo e, no final do ano, a equipa Renault-Elf decide oficializar a existência desse protótipo laboratório, apresentando-o publicamente com a designação de “RS 01” para o chassis (RS de Renault Sport) e de Renault Gordini V6 1500 Turbo para o motor. Só a 10 de Maio de 1977, em plenos Campos Elíseos, no mítico Pub Renault, a equipa Renault Elf faz a apresentação à imprensa da versão final do RS 01. Tive o previlégio de ter estado nessa apresentação, depois de uma viagem atribulada nos dias precedentes, que conto rapidamente. Dois dias antes dessa apresentação, a 8 de Maio, disputou-se em Jarama a sexta prova do Mundial de fórmula 1: o Grande Prémio de Espanha.

Por razões diversas, nomeadamente porque os resultados da prova levaram mais tempo a sair que o habitual e porque apanhei um engarrafamento brutal a sair de Madrid, levei imenso tempo até à fronteira do Caia e quando lá cheguei a fronteira tinha fechado uns minutos antes e não houve nada que convencesse os guardas a reabri-la, nem invocando uma viagem de avião daí a algumas horas. Resultado: arranjar um hotel em Badajoz, o mais perto possível da fronteira e uma noite em branco a escrever a reportagem da prova. Mas, às 7 horas da manhã, era o primeiro carro na abertura da fronteira. Seguiu-se uma viagem vertiginosa até Lisboa, pois às 11 horas tinha o avião para Paris e havia que passar por casa para trocar de mala e deixar o texto e os rolos do Grande Prémio.

Já em Paris, nessa tarde, consegui ser integrado num pequeno grupo de jornalistas que visitou o departamento de fórmula 1 da Renault, em Viry-Chatillon, vendo tudo o que havia para ver, excepto…o novo fórmula 1 e o seu motor, que seriam apresentados na manhã seguinte. As reacções à decisão da Renault de enveredar pela solução “1500 turbo”, prevista no regulamento, quando todos os outros construtores utilizavam o clássico “3 litros atmosférico”, foram as mais diversas, mas, salvo raras excepções, todas convergiam num ponto: a hipotética falta de competitividade de um pequeno motor sobrealimentado.

E os primeiros tempos pareciam dar razão aos mais cépticos. A estreia oficial deu-se a 16 de Julho em Silverstone, no decurso do G.P da Grã-Bretanha. Jean-Pierre Jabouille não foi além do 21º lugar na grelha de partida, depois de múltiplos problemas mecânicos e, na corrida, desistiu à 17ª volta com o turbo partido. No resto da temporada mais três desistências, culminando numa não qualificação no último Grande Prémio do ano, no Canadá. O humor dos mais cépticos, em particular das equipas inglesas, levou-os a apelidarem o “RS 01” de “Yellow Teapot”, devido às suas fumegantes desistências. A temporada seguinte foi um tudo nada melhor: em 14 corridas, terminou 4, obtendo os primeiros pontos nos Estados Unidos com um muito festejado quarto lugar.

Pode dizer-se que 1979 foi o ano de viragem para a equipa Renault-Elf. Já com dois carros e dois pilotos (Jabouille e Arnoux) o “RS 01” obteve 6 “pole positions”, 2 voltas mais rápidas e 4 classificações, entre as quais a tão esperada vitória em Dijon-Prénois, no decurso do G.P. de França, a 1 de Julho. A equipa francesa dominou o fim de semana, com a obtenção dos dois primeiros lugares na grelha, a vitória incontestável de Jabouille e só não obteve a “dobradinha”, porque Gilles Villeneuve, num Ferrari, “roubou” o segundo lugar a Arnoux, depois de uma batalha épica com o francês.

A epopeia do motor turbo durou até 1986, dividida em duas fases. A primeira, sob a égide da equipa Renault-Elf, prolongou-se até 1983, durante a qual obteve 15 vitórias, sendo 9 para Alain Prost, 4 para René Arnoux e 2 para Jean-Pierre Jabouille. Nesse ano, a administração da Régie Renault decidiu pôr fim à aventura da fórmula 1, mas não ao motor 1500 turbo, continuando o seu desenvolvimento e fornecendo-o à Lotus por mais duas temporadas, durante as quais foram obtidas mais 5 vitórias, a principal delas em 1985, no Estoril, com a fabulosa e inesquecível corrida de Ayrton Senna à chuva.

Opinião de José Vieira, publicada em turbosapo

Vendas de carros crescem 36% mas ficam longe dos tempos pré-crise

Em 2014 foram vendidos menos 100 mil automóveis do que em 2010.

894723

Há muitos carros novos nas estradas portuguesas. O sector automóvel, fortemente afectado pela crise económica, teve em 2014 um ano de aceleração: tanto as vendas totais como com as vendas de automóveis ligeiros de passageiros, que representam o grosso do mercado e são vistos como um indicador do consumo, cresceram 36%. Ainda assim, os números ficam abaixo dos de 2011, o ano em que Portugal pediu o empréstimo internacional à troika, e a uma enorme distância dos valores de 2010.

Dados publicados nesta sexta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (Acap, que agrega as empresas do sector), indicam que foram vendidos 142.827 ligeiros de passageiros ao longo do ano passado. Tinham sido 105.921 em 2013 e apenas 95.309 no ano anterior, o pior desde meados da década de 1980. Os quase 143 mil novos carros de 2014 conseguem aproximar-se dos valores de há três anos (153.404), mas empalidecem quando comparados com os 223.399 ligeiros de passageiros que chegaram às estradas em 2010.

Incluindo também nas contas os veículos pesados e comerciais, o resultado não é muito diferente. O total de 172.390 veículos em 2014 é melhor do que o valor dos dois anos anteriores, pior do que 2011 e fica 100 mil unidades abaixo dos números de 2010. O volume de unidades vendidas fica também muito aquém da média dos últimos 15 anos, que ronda os 253 mil automóveis por ano.

O grande crescimento das vendas no ano passado não surge como uma surpresa, já que o sector vinha a recuperar desde Junho de 2013 e  as estatísticas já tinham mostrado que, no ano passado, alguns meses tiveram variações anuais positivas superiores a 40%.

No que diz respeito às marcas de carros mais vendidas, a Renault voltou a terminar o ano na frente, com uma quota de mercado nos ligeiros de passageiros um pouco acima dos 11%, sensivelmente o mesmo que tinha em 2013. Em segundo lugar está a Peugeot (perto dos 10%) e em terceiro, a Peugeot (com pouco mais de 9% do total). No quarto lugar surge a Mercedes, que conseguiu 7% do mercado.

O secretário-geral da Acap, Hélder Pedro, antecipa que o aumento de vendas continue em 2015, embora a um ritmo inferior: “Haverá uma evolução positiva, mas abaixo dos dois dígitos”, afirmou, remetendo para as próximas semanas uma estimativa precisa de crescimento.

Para o sector, observou Hélder Pedro, o novo ano trará tanto aspectos positivos, como negativos. Por um lado, o arrefecimento da procura que foi sentido em 2012 e metade de 2013 trouxe “um adiamento da renovação, quer por parte dos particulares, quer por parte das empresas”, o que significa que a idade média da frota automóvel aumentou – está nos 12 anos no caso dos ligeiros de passageiros – e começa a ser maior a necessidade de substituição. Para além disto, refere Hélder Pedro, “os indicadores económicos apontam um ténue crescimento”.

Por outro lado, o Imposto Sobre Veículos (ISV) teve um aumento em torno dos 3%, “acima da inflação”, nota o responsável da Acap. Esta subida faz parte da chamada “fiscalidade verde”, um conjunto de medidas com que o Governo pretende melhorar o impacto ambiental, e pretende incentivar a compra de carros menos poluentes. Haverá uma redução deste imposto para quem entregue um carro para abate e opte por comprar um modelo eléctrico ou híbrido.

A “fiscalidade verde” é também responsável por um acréscimo este ano no preço dos combustíveis, embora contrabalançado pela forte queda do preço do petróleo que tem vindo a acontecer no último meio ano e que se deverá prolongar durante vários meses.

O aumento da contribuição do serviço rodoviário (uma taxa criada em 2007 sobre o consumo de combustível como contrapartida pela utilização das estradas) e a taxa de carbono significam um agravamento de cinco cêntimos por litro no caso do gasóleo e de 6,5 cêntimos na gasolina, segundo contas da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, citadas pela agência Lusa.

O preço dos combustíveis, contudo, caiu drasticamente. Desde Junho que o preço do petróleo está a encolher, graças a um excesso de oferta face à procura. Por um lado, a produção nos EUA disparou. Por outro, o arrefecimento do consumo chinês e a tépida economia europeia ditaram uma procura abaixo das previsões. Nesta sexta-feira, o preço do barril de brent era de 56 dólares.

Em Outubro, de acordo com os dados mais recentes da Direcção Geral de Energia e Geologia, o consumo de combustíveis rodoviários tinha subido 4,4% em Portugal face a idêntico período de 2013.

Retirado de publico