Fumar e usar o telemóvel enquanto se conduz é motivo de distração para os condutores portugueses. O estudo desenvolvido pela GfK para a Seguro Directo revela ainda que existe algum descuido nos cuidados com os veículos e com o transporte de crianças.
Dos inquiridos que habitualmente transportam crianças, 6% admite, por vezes e em curtas distâncias, não cumprir todas as regras de segurança, sendo que é um comportamento que se verifica mais na classe C e no interior do país.
No que diz respeito ao uso do telemóvel, 11% admite enviar SMS enquanto conduz, verificando-se uma prevalência nos indivíduos entre os 18 e os 24 anos e das regiões urbanas de Lisboa e Porto. Se o telemóvel tocar enquanto conduz, 30% refere não atender, 29% diz parar para atender, 26% atende com sistema de mãos-livres, 8% atende apenas se for urgente e 7% fá-lo sem sistema de mãos-livres. De salientar que os entrevistados entre os 25 e os 34 anos referem usar mais o sistema de mãos-livres e acima dos 65 anos a maioria diz não atender. 7% indica já ter sido multado por falar ao telemóvel enquanto conduzia, sendo que destes apenas 64% refere ter alterado o seu comportamento. 17% afirma tomar a iniciativa de fazer uma chamada telefónica enquanto guia e 48% revela que fala menos ao telemóvel quando está ao volante se for acompanhado.
Questionados sobre o fato de fumarem enquanto conduzem, 56% afirma fazê-lo. Destes, 18% admite já se ter distraído ao volante por estar a fumar. Verifica-se que é nas classes sociais mais baixas que há maior tendência para fumar enquanto conduzem. É na faixa etária entre os 25 e os 44 anos que os inquiridos confessam se distrair mais por estar a fumar. De salientar também que no Alentejo e no Interior se verifica uma menor propensão para fumar enquanto se conduz.
Há 90% dos entrevistados que revela ouvir música enquanto conduz, mas apenas 8% refere que este comportamento os distrai. Dos inquiridos, 25% afirma não saber dar um encosto numa bateria, sendo que há mais mulheres e jovens nesta situação, 55% e 33%, respetivamente. Por outro lado, é nas classes sociais mais elevadas que o desconhecimento é maior.13% afirma já se ter enganado no combustível e apesar de a lei o exigir, apenas 87% refere ter o colete refletor á mão.
No que toca a pneus, 13% afirma não saber medir a pressão de ar. Mais uma vez as mulheres e os jovens distinguem-se pelo seu desconhecimento, com 34 e 26%, respetivamente. Conclui-se ainda que 18% dos entrevistados não sabe mudar um pneu, número que chega aos 49% nas mulheres e 26% nos jovens. Mais de metade (55%) dos entrevistados revela verificar o estado do pneu suplente menos do que duas vezes por ano.
O nível do óleo é verificado mensalmente por 38% dos inquiridos. Ainda assim, há 27% que afirma fazer esta verificação menos do que duas vezes por ano. Contudo, importa destacar que 48% dos homens afirma fazê-lo uma vez por mês e é nas classes sociais D e E que se verifica maior cuidado.
Antes de partir para uma viagem de longa duração, 81% dos condutores indicou verificar o nível da água, 87% a pressão dos pneus e 78% o nível do óleo.
Apesar da crise, 92% dos respondentes afirma fazer as revisões dentro dos prazos indicados. Destaque para o fato de entre os 35 e os 54 anos haver mais pessoas a confessar não o fazer.
Para Sandra Moás, Diretora-Coordenadora da Seguro Directo “os dados mostram-nos claramente que apesar de a maioria dos condutores ter os cuidados necessários com a sua viatura, ainda há pontos a melhorar para evitar situações menos agradáveis, como são exemplo os problemas em viagem por falta de manutenção. Por outro lado, e no que toca aos hábitos dos portugueses ao volante, temos de melhorar no sentido de evitar as distrações quando conduzimos e cumprir sempre todas as regras de segurança”.
Fonte: pressauto